O custo do cesto básico para o município de Rio Grande no mês de março teve uma queda de 2,39% ao compará-lo com o custo do cesto básico do mês de fevereiro, passando de R$ 779,06 para R$ 760,41. Mesmo com esta queda registrada em fevereiro, a variação nos dois primeiros meses do ano mostra-se estável, ou seja, o custo do cesto fechou o ano de 2018 em R$ 760,16 e em fevereiro permaneceu praticamente no mesmo valor. A pesquisa é realizada pelo Centro Integrado de Pesquisa (CIP).

Dos 51 produtos do cesto básico, 26 deles apresentaram aumento de preço, enquanto 22 tiveram queda nos preços e três permaneceram inalterados. Os produtos que tiveram as maiores altas foram o tomate, a cebola, a laranja e o desinfetante. Já os produtos que apresentaram as maiores quedas em seus preços foram a alface, o amaciante de roupa, o sabão em pó e abolacha recheada.

Outra forma de acompanhar o impacto sobre o custo do cesto em nosso município são os produtos que, pelas quantidades mensais consumidas pelas famílias, apresentam um maior peso em relação ao gasto total que os 51 produtos formam. Em março, os produtos que mais contribuíram para o aumento do custo do cesto foram o refrigerante, a batata inglesa, o tomate e a laranja.

Produtos do Cesto Básico

Fazem parte do custo do cesto os produtos in natura – alface, banana, batata inglesa, cebola, cenoura, feijão preto, laranja, maçã, mamão, ovos de granja, repolho e tomate – que apresentaram um aumento médio de preços de 9,35%, entre fevereiro e março. Já o setor de combustíveis, onde está presente o gás de cozinha, teve uma variação média de 3,70%.

Os produtos chamados industrializados – açúcar, bolacha recheada, café, achocolatado em pó, cerveja, farinha de trigo, iogurte com sabores, maionese, margarina, massa com ovos, óleo de soja, presunto magro fatiado, queijo lanche/mussarela, refrigerante, sal, vinagre de álcool e cigarro –, por outro lado, apresentaram uma queda de 0,28%.

Metodologia

O Cesto Básico é composto por 51 produtos, divididos nos grupos de: alimentação; higiene; limpeza e gás de cozinha. Também fazem parte do cesto o cigarro e a cerveja. As despesas do cesto básico correspondem em média a uma família de três pessoas com uma faixa de renda média de 01 a 21 salários mínimos.

A metodologia utilizada para o cálculo do Cesto Básico foi criada pelo Centro de Estudos e Pesquisas Econômicas (Iepe) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) baseado em uma Pesquisa Orçamentária Familiar (POF) realizada pelo IBGE 2002/2003 em um grupo de famílias ao longo de um período de tempo. Desta POF resultaram os 51 produtos que formam o cesto básico.

A metodologia que gerou o cesto básico envolve o comportamento das famílias em relação aos principais itens adquiridos mensalmente. Por isto, mesmo que teoricamente não faça sentido o cigarro e a cerveja serem itens básicos no consumo das famílias, o cesto básico reflete o que as famílias consideram frente as suas escolhas.