COOPERAÇÃO INTERNACIONAL

FURG sediou encontro da rede Bioma Pampa nesta sexta-feira, 11

Evento reuniu professores, técnicos e estudantes do Brasil e do Uruguai

Foto: Fernando Halal/Secom

Durante a tarde e a manhã desta sexta-feira, 11, nas dependências do Cidec-sul, a FURG sediou o terceiro encontro para a criação da rede Bioma Pampa, no intuito de aproximar as instituições de ensino superior da região fronteiriça entre Brasil e Uruguai para a criação de uma rede de cooperação internacional. A ideia é motivada pela possibilidade de construção conjunta, além da promoção de trocas de conhecimento, mobilidade, pesquisa e soluções voltadas para os problemas enfrentados especificamente na região.

Estiveram presentes durante a mesa de abertura do evento o secretário de Relações Internacionais da FURG, Milton Asmus; o professor da Universidade Tecnológica do Uruguai (Utec), Marcelo Ubal; o reitor da Universidade Federal do Pampa (Unipampa), Roberlaine Ribeiro Jorge; o senador presidente da Comissão de Educação no Senado do Uruguai, Sebastián Sabini; e o reitor da FURG, Danilo Giroldo.

Durante o encontro, além de trocas e debates sobre os aportes políticos e acadêmicos, também foram realizados importantes momentos de consolidação da rede, como a aprovação da Carta de Melo, deliberações sobre os ditames constitutivos da rede Biom Pampa, além de discussões sobre o futuro estatuto e gestão do grupo. Por fim, o espaço também foi utilizado para a realização de palestras, por parte de professores das instituições que compõe o vindouro grupo acerca dos seus campos de pesquisa, e como se dará a colaboração internacional.

Segundo Asmus, há uma série de razões para se destacar a importância da cooperação internacional, e um deles é a necessidade de atuar em conjunto para a resolução de problemas que afetam diversas regiões territoriais que, senão de forma equânime, provocam uma série de dificuldades compartilhadas. “A região do Bioma Pampa possui uma variedade de problemas de ordem econômica, social e ambiental; esses problemas afetam, de uma forma ou outra, os territórios que se estendem por este entorno geográfico; e, por serem caracteristicamente compartilhados, requerem soluções conjuntas. A expectativa com a criação efetiva deste grupo reside na forte atuação para promover avanços significativos nestas questões”, introduziu o secretário durante a sua fala de abertura.

Para o reitor, a FURG é uma universidade que, historicamente, volta sua atenção para as questões territoriais do espaço em que se localiza. “Em sua vocação, a FURG, mantém esse olhar específico para os ecossistemas costeiros e oceânicos. Isso foi definido em 1987, pelo Conselho Universitário; naquele momento, já se pensava ações de integração das áreas do conhecimento o papel relevante que as universidades possuem dentro dos territórios em que se inserem”, comentou Giroldo.

Ainda de acordo com o gestor, tal vocação não se reflete apenas em atividades ambientais de ensino, pesquisa e extensão; mas também, sobre os seres humanos em suas atividades cotidianas, nas tecnologias, na saúde e nas humanidades. “Isso continua expresso no plano de desenvolvimento institucional e nos demais documentos que regem as atividades da instituição. Essa preocupação institucional possui uma relação intrínseca com o conceito da rede discutida aqui. Somos universidades inseridas em um território que tem suas demandas específicas que não são triviais e não serão resolvidas por apenas uma área do conhecimento. É só com a integração de diferentes áreas do conhecimento que será possível promover os avanços necessários para a região”, completou.

No decorrer das atividades do evento, foram divididos grupos de discussão com os presentes nos eixos: político-institucionais e aportes acadêmicos, com atualizações de ações conjuntas já em andamento entre as instituições presentes. Antes do encerramento, também foram debatidas formalidades e perspectivas para o futuro com a discussão de temas como financiamento da rede, núcleos temáticos, secretaria, programas de mobilidade, criação e colaboração de cursos compartilhados, eventos e presença digital.

“O Bioma Pamapa é um espaço marcado por desigualdades e violência, decorrentes de processos históricos que não são naturais. O nosso papel enquanto instituições e agentes de transformação social em rede, é combater essas questões para que não se naturalize situações que não contribuem para o desenvolvimento da região”, concluiu o reitor. 

 

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Evento reuniu professores, técnicos e estudantes do Brasil e do Uruguai

Fernando Halal/Secom