CTI/Furg explica em evento como serão os Ifets

Diretor do CTI e reitor da Furg falam na expansão do colégio técnico, que poderá ter cursos na área naval, caso faça a opção pelo instituto federal

Em café da manhã nesta sexta-feira, na Associação Comercial dos Varejistas, o reitor da Furg, João Carlos Cousin e o diretor do Colégio Técnico Industrial Mário Alquati, Osvaldo Casares Pinto, explicaram como serão os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia Ifet, através dos quais haverá ampla expansão das escolas técnicas no Brasil. O evento foi oportunizado também para debater a criação de uma escola naval, que, conforme os dois professores, não será criada separadamente do colégio técnico.

O professor Osvaldo demonstrou os números atuais do CTI/Furg, que forma a cada ano cerca de 100 novos técnicos, que costumam ter emprego garantido ao concluírem o curso. A qualidade do ensino no CTI foi novamente constatada no último Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes Enem, quando a escola vinculada à Furg ficou em 5º lugar no Estado, atrás somente dos três colégios militares e dois de Santa Maria.

Ressaltou a participação do colégio no Programa Nacional de Qualificação Profissional do Prominp, no qual já foram qualificados mais de 200 profissionais e divulgou que as inscrições para novos cursos em Rio Grande já estão abertas e irão até 25 de abril, no sítio www.prominp.com.br

Para o diretor, a indústria naval que vem se desenvolvendo em Rio Grande apresenta uma demanda muito grande, que será difícil o CTI atender, caso não inicie rapidamente uma expansão em números de docentes, técnicos, estudantes, cursos, infra-estrutura técnica laboratórios e equipamentos.

O reitor João Carlos Cousin disse que o grande desafio não só em Rio Grande, mas em todo o País, é um crescimento no número de profissionais de nível técnico e que o CTI e a Furg de modo geral querem responder a este desafio. Citou que o Uruguai tem 150 escolas técnicas, enquanto o Brasil tinha, até 2002, 140 escolas deste tipo. Hoje já criou mais 64 e nos próximos anos serão criadas outras 150. Tudo para atender a necessidade da indústria nacional, não só do setor naval.

Segundo o reitor e o diretor do CTI, a comunidade da Furg deverá decidir se deseja ou não que o CTI seja integrado a um Ifet (que não precisará ser aquele sediado em Pelotas). Caso não deseje, poderá continuar como está, mas não terá chances de grande expansão. Já com o Ifet, terá logo disponível maior número de docentes e técnicos, possibilitando rapidamente a criação de novos cursos técnicos. O CTI, por si só, não será transformado em Ifet, pois é uma escola vinculada à Furg, não podendo apresentar proposta de Ifet. O Rio Grande do Sul terá três destes institutos, que abrangerão várias escolas hoje existentes, entre elas o colégio técnico da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, que já aderiu ao sistema Ifet.

 

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