SAÚDE

Curso de Psicologia realiza 4º Encontro de Saúde Mental e Direitos Humanos e 3ª Mostra de Saúde Coletiva

A programação vai até 9 de novembro

Photograph: Hiago Reisdoerfer/Secom

Nesta terça-feira, 8, ocorreu no auditório da Secretaria de Educação a Distância (Sead) a cerimônia de abertura do 4º Encontro de Saúde Mental e Direitos Humanos e da 3ª Mostra de Saúde Coletiva. Os eventos foram realizados pelo Instituto de Ciências Humanas e da Informação (ICHI), por meio do Grupo de Estudos de Saúde Coletiva dos Ecossistemas Costeiros e Marítimos (Gescem) do curso de Psicologia. Esta é a primeira vez que a ação acontece em formato presencial desde o isolamento social, provocado pela pandemia.

De acordo com a organizadora da 4º Saúde Mental e Direitos Humanos, Rita Gomes, o objetivo da iniciativa é oferecer aos participantes uma ampliação da forma como se percebe a temática da saúde mental.

Além da organizadora, também estiveram presentes para compor a mesa de abertura do evento: o presidente da Associação dos Usuários dos Serviços de Saúde Mental de Pelotas (AUSSMPE), Claudionei Fernando; a psicóloga da Pró-reitoria de Assuntos Estudantis (Prae), Jaciana Araújo; o coordenador da 3ª Mostra de Saúde Coletiva, Alan Knuth e a docente do curso de Psicologia, Ceres Arejano.

Temática

Nesta edição, o 4º Encontro de Saúde Mental e Direitos Humanos tem como tema “Produzindo Estratégias de Cuidado em Rede” e a 3ª Mostra de Saúde Coletiva celebra os 30 anos da Lei Estadual de Reforma Psiquiátrica (n.º 9.716). Ambas temáticas se correlacionam, já que a Lei Estadual determina a substituição progressiva dos leitos nos hospitais psiquiátricos por uma rede de proteção que ofereça atenção integral em saúde mental, incluindo regras de proteção aos que padecem de sofrimento psíquico, especialmente quando internados. De acordo com Rita, essa rede representa um cuidado oferecido ao próximo, ofertado de diversas formas: na escuta, no acolhimento e na troca de experiências.

“Este é um espaço proposto para que a gente possa se sentir convidado a fazer este cuidado, a ser suporte, acolhida; de oferecer ajuda mútua para aquela pessoa que mais precisa. Hoje pode ser o outro, amanhã pode ser a gente mesmo. É dessa relação que estamos falando aqui; é sobre produzir rede com os outros, produzir uma saúde possível diante de um mundo que nos encoraja a competição”, detalhou Rita durante a sua fala de abertura.

 Programação

 Antes da abertura oficial do evento, as atividades já haviam começado com a “Exposição Artística CuidArte”, apresentações de trabalhos sobre saúde mental e uma oficina com o Cacique Eduardo e o docente do Curso de Psicologia, Alfredo Martín.  A programação foi dividida em eixos transversais, cada um com uma temática específica. O primeiro eixo destaca a discussão de violência, políticas antiproibicionistas e direitos humanos; já o segundo trata dos movimentos sociais e dos usuários de saúde mental, o último, por sua vez, trata dos ataques ao Sistema Único de Saúde (SUS) e a democracia. 

Nesta quarta-feira, 9, acontece uma roda de conversa ministrada por um Coletivo Indígena; palestras e apresentações de trabalhos, além de um espetáculo reflexivo do artista popular, Sid Branco, intitulado “A Fome Mata”.

 

 

Gallery

Mesa de abertura do evento

Hiago Reisdoerfer/Secom