UNIVERSIDADE PLURAL

Reitoria debateu o tema da inclusão com equipe do MEC nesta segunda-feira, 18

FURG recebeu a visita do diretor de Políticas de Educação Especial na Perspectiva Inclusiva e sua equipe

Photograph: Hiago Reisdoerfer/Secom

Na manhã desta última segunda-feira, 18, o reitor Danilo Giroldo e o vice-reitor, Renato Duro Dias, receberam a visita do diretor de Políticas de Educação Especial na Perspectiva Inclusiva da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi) – vinculada ao Ministério da Educação (MEC) - Alexandre Mapurunga. Durante o encontro, os gestores apresentaram as estruturas, políticas e ações institucionais voltadas para a inclusão na universidade, além de aproveitar a reunião para debater o fomento e aporte dessas iniciativas por parte do Governo Federal.

Além das autoridades citadas, também estiveram presentes as pró-reitoras de Assuntos Estudantis; Gestão de Pessoas; e Graduação: Daiane Gautério, Camila Estima e Sibele Martins; a coordenadora de Ações Afirmativas, Inclusão e Diversidades, Simone Freire; e a coordenadora da Comissão de Acessibilidade e Inclusão (vinculada à Caid), Kamila Lockmann. Compondo a equipe da Secadi participaram ao lado do diretor o coordenador-geral de Políticas de Educação Especial na Perspectiva Inclusiva, Marco Franco e a responsável por apoio de projetos, Francisca Sueli Nunes.

A importância da Inclusão para a gestão

De acordo com Giroldo, o tema da inclusão é muito importante para a instituição, e, em função disso, durante a gestão, foram feitos uma série de movimentos para transformar o tema em uma cultura institucional. “Ao longo da nossa gestão, a inclusão se caracterizou como um assunto basilar, parte essencial do legado que pretendemos deixar, estruturando ações e políticas institucionais para que, tudo que foi criado e estabelecido durante este período possa ser perene e se converta em uma cultura da universidade”, comentou o reitor.

O trabalho de inclusão na FURG é organizado pela Coordenação de Ações Afirmativas, Inclusão e Diversidades (Caid), que além de desenvolver uma série de ações próprias, realiza também a coordenação de várias áreas da universidade que também lidam com a temática. “A ideia é que, aos poucos, possamos nuclear essas ações de forma mais orgânica. Até a criação da Caid, os desafios chegavam e, conforme iam se apresentando, a instituição respondia dentro das suas limitações e capacidades; hoje lidamos de forma mais organizada, mas permeados por desafios muito profundos, que incidem na forma de carência de pessoal e carência de recursos”, completou Giroldo.

Para Mapurunga, o nível de aprofundamento das questões voltadas à inclusão na FURG e a maneira que a universidade encontrou para lidar com o tema se constitui em uma experiência muito positiva e que deve ser encarada como um modelo para outras instituições. “Ver que a inclusão, aqui na FURG, é assumida em nível de reitoria e estruturada de forma tão institucionalizada assim é algo muito importante e muito impactante. Essa é uma experiência que temos que assimilar e aprender para usar como referência em outros espaços”, declarou o diretor.

Durante o encontro, a equipe da FURG apresentou em detalhes os desafios e os espaços de atuação da universidade que abrangem serviços, ações e políticas de inclusão, demonstrando a capacidade pessoal e física dos ambientes da instituição para operacionalizar as atividades necessárias. O vice-reitor, em sua fala, abordou de forma geral a maneira com que essas áreas foram convergindo e se organizando para suprir a crescente demanda.

“Na época da estruturação da Caid, quando nos debruçamos sobre os aspectos fundamentais a serem debatidos junto à coordenação, pensamos na criação de comitês e subáreas que envolviam servidores, técnicos, docentes e estudantes que tinham proximidade com temas como assédio, inclusão, acessibilidade, ações afirmativas, questões de gênero, questões raciais e assim por diante. Essas subáreas são desenvolvidas a partir da própria comunidade porque, além de termos expertises espalhadas em muitos espaços administrativos da FURG, existe também na universidade uma cultura de construção a partir da base da pirâmide, ou seja, a comunidade acadêmica se envolve desde o início do debate até a efetiva aprovação de uma ação institucional”, detalhou Renato.

Ainda segundo o gestor, foi por meio deste mapeamento de expertises que a FURG constituiu uma rede de operação dentro da universidade para tratar sobre a inclusão, congregando profissionais multidisciplinares em diferentes áreas para somar na construção de ações e programas que hoje são bem estabelecidos no cotidiano universitário. “Movimento este que propõe robustez na construção da política específica de inclusão”, adicionou o vice-reitor.

Atualmente, não diferente do cenário da grande maioria das universidades federais, a maior dificuldade na operacionalização dessas ações consiste na escassez de recursos – seja material ou humano. De acordo com Mapurunga, como qualquer outro processo, existem implicações orçamentárias que acabam limitando as possibilidades, “o próprio fazer da inclusão se faz em encontrar barreiras e ir eliminando-as aos poucos, avançando lentamente, mas, mesmo com todos os impeditivos e desafios apresentados, dá pra ver o quanto o debate na FURG está em um nível mais aprofundado; não estamos fazendo apontamentos básicos ou conversando sobre maneiras de perpassar desafios mais basilares; e isso não é algo que observamos em muitos outros lugares”, explicou o diretor.

Após a troca de experiências, as equipes debateram formas de fomento às ações apresentadas, buscando na Secadi não apenas maneiras de incentivar os projetos de inclusão em andamento na FURG, mas também conhecer possibilidades de parceria com a secretaria e outras alternativas para o trabalho conjunto, somando ainda mais expertises na qualificação dos processos desenvolvidos na universidade.

 

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FURG recebeu a visita do diretor de Políticas de Educação Especial na Perspectiva Inclusiva e sua equipe

Hiago Reisdoerfer/Secom