O Fórum das Licenciaturas da FURG aprovou o Projeto Institucional de Formação Inicial e Continuada de Professores da Educação Básica no dia 30 de outubro, em plenária final realizada pela primeira vez de modo remoto. O projeto foi elaborado pelo grupo gestor das políticas de formação de professores da universidade, o Pangea, ao longo deste ano, num processo que começou em maio, envolvendo uma série de reuniões virtuais de estudo e discussão das atuais diretrizes nacionais da área, e culminou na proposta validada em votação. Puderam votar os 159 participantes inscritos, professores das mais diversas áreas de Licenciatura, de todos os campi.
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A plenária foi conduzida no vídeo pela diretora pedagógica da FURG, Simone Anadon, e as professoras Lara Facioli, do Instituto de Ciências Humanas e da Informação (ICHI), e Leila Finoqueto, do Instituto de Educação (IE), e nos bastidores, no acompanhamento dos comentários do chat e na votação, os demais integrantes da comissão organizadora, os professores Iván Miguel, Rita Grecco e Tamires Podewils, do IE, e Rodrigo Soares, do Instituto de Matemática, Estatística e Física (Imef).
O documento aprovado reafirma premissas da formação docente inicial e continuada da FURG: a educação democrática e crítica como princípio e o compromisso com a educação pública brasileira, e reforça a existência obrigatória do Núcleo Comum das Licenciaturas e institucionaliza o Pangea enquanto espaço de discussão aberto a docentes, coordenações de curso e estudantes dos cursos de licenciatura.
Depois do Fórum das Licenciaturas: legado e aprendizados
A versão final do projeto irá passar por revisão formal antes de seguir para aprovação no Conselho Universitário (Consun), ainda este ano. Uma vez aprovado no Consun, o projeto ganha status de política institucional, “já se constrói enquanto orientador das nossas licenciaturas e os cursos terão três anos para se adequarem ao que consta no regimento”, explica Lara Facioli. “A criação do documento é uma etapa fundamental para pensarmos a formação de professores na FURG, mas não encerra a necessidade de engajamento da universidade e da comunidade escolar nessa questão”, pondera.
Reuniões virtuais, GTs a distância, plenária remota. Organizar e fazer dar certo um evento do porte do Fórum das Licenciaturas em meio à Pandemia da Covid-19 foi um desafio e tanto para a comissão organizadora. A empreitada deixa resultados e garantias importantes para a formação docente e aprendizados significativos às pessoas que participaram.
Para Iván Miguel, “um dos principais sinais que a FURG está produzindo [com o documento] é o destaque das construções democráticas nos assuntos educativos. A participação da comunidade, o diálogo entre diferentes atores, a pluralidade de pensamentos, enfim, a produção coletiva como eixos de processos que fundamentam a educação”. E quando avalia o movimento feito pelo fórum, constata: “sim, estivemos numa oportunidade de exercitar a democracia, a tolerância e o trabalho coletivo”.
Lara considera a vivência do Fórum das Licenciaturas com olhar de docente e também de socióloga. “É urgente pensar que a educação deve ser, para os licenciandos e também para os próprios estudantes da educação básica brasileira, uma experiência transformadora que desenvolva a criatividade, dando condições de nos libertarmos das situações de opressão, de subalternização e de desigualdade que nos atravessam. Estar na FURG neste momento e poder participar, com os colegas, da construção deste documento me fez entender, fundamentalmente, a necessidade de fazer de meu conhecimento teórico no campo da Sociologia a construção de ferramentas práticas para pensar a educação em Rio Grande e no contexto brasileiro”.
Atuar no processo de elaboração do projeto, mas principalmente da plenária, foi uma oportunidade ímpar para a professora Leila. “Desejo que a gente possa ver esse documento com a cara que a FURG tem e com aquilo que a FURG quer fazer, muito antes de [ver] políticas que possam desmantelar o serviço público, os professores e as professoras”, diz.
“Saio dessa experiência muito diferente, modificada, seduzida pelas ideias”, conclui Simone Anadon, que encerra um ciclo de gestão à frente da diretoria pedagógica satisfeita com o resultado do fórum; a gestora espera que a parceria entre as licenciaturas se fortaleça.